Tragédia em Manaus: Morte de ex-sinhazinha expõe perigos do uso indevido de Ketamina Veterinária

A morte de Djidja Cardoso, conhecida como ex-sinhazinha do festival de Parintins, em Manaus na última semana, trouxe à tona preocupações sobre o uso inadequado de medicamentos veterinários controlados. Durante as investigações, a polícia encontrou na casa de familiares da vítima o conhecido “Special K”, a ketamina, originalmente um anestésico geral utilizado em procedimentos cirúrgicos veterinários, que tornou-se uma droga recreativa devido aos efeitos alucinógenos que proporciona aos usuários.

Os danos à saúde causados pela ketamina são diversos. Além dos apagões conhecidos como “Boa noite, Cinderela”, a droga pode afetar a mobilidade, causar taquicardia, pressão alta, náuseas, vômitos, torpor, depressão, amnésia, alucinações e problemas respiratórios graves, podendo levar à morte. O uso frequente pode criar dependência, levando os usuários a buscarem doses cada vez maiores, aumentando os riscos à saúde e provocando o chamado “K-Hole”, um estado descrito como estar fora do corpo ou à beira da morte.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) alerta para a tipicidade do ato de vender medicamentos controlados sem receituário médico, conforme disposto na Lei de Drogas e na Portaria 344/98 do Ministério da Saúde, juntamente com o Sipeagro/Mapa. A comercialização de ketamina ou outras substâncias controladas é permitida somente mediante receituário médico-veterinário. O não cumprimento dessas exigências legais pode levar o profissional a responder pelo crime de tráfico de drogas.

O CRMV-RJ está comprometido em orientar e fiscalizar para garantir que a venda de medicamentos veterinários seja feita de forma legal e responsável, evitando assim o uso indevido dessas substâncias para fins ilícitos.

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