A piscicultura brasileira alcançou um marco histórico em 2024, com um aumento expressivo nas exportações de tilápia. Os Estados Unidos lideram a importação desse pescado, adquirindo 90% do total exportado pelo Brasil. Esse crescimento foi possível graças ao trabalho fundamental dos zootecnistas, que atuam em todas as etapas da cadeia produtiva da aquicultura.
De acordo com o Informativo Comércio Exterior da Piscicultura, produzido pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), as exportações brasileiras de pescado registraram um aumento de 102% em volume, atingindo 13,7 mil toneladas, e um crescimento de 138% em receita, somando US$ 59 milhões. A tilápia é a espécie mais exportada, representando 94% do total enviado ao exterior.
O CRMV-RJ destaca o papel dos zootecnistas, que desempenham um papel essencial no planejamento, manejo, nutrição e sanidade dos peixes. Além disso, a expertise desses profissionais na gestão da qualidade da água e na otimização dos processos produtivos tem garantido um pescado de alto padrão, conquistando mercados exigentes como o norte-americano.
“O zootecnista tem papel fundamental em toda cadeia de produção aquícola, estando presente desde o estudo de mercado, planejamento, dimensionamento e acompanhamento da produção, até a chegada do peixe nos mercados consumidores. Portanto, a atuação do zootecnista tem reflexo direto na qualidade do produto final e no aumento da confiança na piscicultura nacional, contribuindo assim, para impulsionar as exportações e abrir novos mercados para os peixes produzidos no Brasil”, declarou o zootecnista José Fernando Paz Ramírez (CRMV-RJ 820/Z), especialista em qualidade da água na aquicultura, aquaponia, desempenho zootécnico e fisiologia de peixes.
Fatores como a desvalorização do preço da tilápia no mercado interno e a alta do dólar também impulsionaram a estratégia de expansião das exportações. Com uma produção crescente e um mercado interno saturado, os produtores buscaram novas oportunidades internacionais, consolidando a presença do pescado brasileiro em mercados globais.
O Conselho reforça a importância desses profissionais na sustentabilidade e competitividade do setor, garantindo um futuro promissor para a produção de pescado no Brasil.