Cerca de 110 cachorros morreram e outros 210 animais de estimação adoeceram após ingestão de ração contaminada da fabricante Midwestern Pet Foods, causada por um lote da ração Sportmix. O caso aconteceu nos Estados Unidos e as informações foram veiculadas pela da Food and Drug Administration (FDA — agência similar à Anvisa), que segue atualizando os números.
O primeiro alerta para o recolhimento de lotes do produto foi emitido pela própria fabricante em 30 de dezembro de 2020. Esse comunicado foi estendido a todos os produtos alimentares produzidos pela Midwestern Pet Foods na fábrica localizada em Oklahoma e vale para tudo o que foi produzido por lá com data de validade para 9 de julho de 2022 ou anterior.
A contaminação dos produtos foi causada por um fungo, o Aspergillus flavus, que cresce em milho e outros grãos usados para compor as rações de animais de estimação e produz uma toxina chamada aflatoxina. Em altas concentrações, ela causa uma série de doenças nos pets e pode leva-los à morte. A figura do médico-veterinário como responsável técnico na indústria é fundamental para coibir tal situação.
Segundo a agência, os principais sintomas da intoxicação pelo fungo são lentidão, perda de apetite, vômitos, icterícia (tonalidade amarelada dos olhos ou gengivas devido a danos no fígado) e/ou diarreia. O animal pode, ainda, desenvolver danos ao fígado sem que apresente outros sintomas.
Para identificar produtos da fábrica de Oklahoma basta confirmar se há o número “05” no código do lote. São mais de mil lotes afetados. Apesar do Brasil não estar entre os países que podem ter recebido o produto contaminado, é necessário ficar atento. Isso porque todos os consumidores e veterinários devem registrar ocorrência de intoxicação relacionada ao caso na página da FDA.
A orientação é que varejistas devolvam o produto. Já os donos de pets devem consultar o veterinário o mais rápido possível, ainda que os animais não tenham apresentado sintomas.