Iniciar a carreira de médica-veterinária como estagiária em um hospital veterinário em um renomado jóquei foi um dos primeiros desafios profissionais para Angela Breves (CRMV-RJ 1733), que enfrentou a escassez de mulheres na profissão. Contudo, sua determinação e habilidades logo se destacaram, abrindo caminho para uma carreira marcada por conquistas.
“Quando entrei para a faculdade, eu era a única mulher da turma, mas fui muito bem recebida por todos os colegas. Senti uma certa dificuldade quando fui estagiária de um hospital veterinário em um jóquei. Não por parte dos colegas veterinários, e sim pelos cavalariços que achavam que a mulher atrapalhava. Fiquei um ano meio como estagiária. Não fiquei trabalhando com equino após formatura, pois era um campo muito fechado para atuação de mulher. Mas me realizei muito trabalhando na área de saúde pública”, relembra Angela.
Para a profissional, o papel das mulheres na medicina veterinária não difere dos homens, destacando a capacidade de organização, foco e dedicação. Ela salienta que as mulheres são igualmente capazes e desempenham um papel fundamental na sociedade e no país, especialmente considerando o crescente número de mulheres se formando na área.
Nessa área, a profissional se realizou coordenando a campanha anti-rábica animal no município do Rio de Janeiro por vários anos, contribuindo para o controle e prevenção da raiva animal naquele período.
Participar do projeto de elaboração de um manual para consultórios veterinários, enquanto trabalhava na Vigilância Sanitária do Rio, foi outra maneira pela qual a médica-veterinária deixou sua marca na profissão.
“Participei do projeto de elaboração de checklist e manual com itens básicos para consultório e clínica médica veterinária com o apoio da VISA e do CRMV-RJ, enquanto atuava na área de serviços de saúde da VISA Rio”, disse.
Angela acredita que as mulheres podem continuar a impulsionar o desenvolvimento e a inovação na área da medicina veterinária através da dedicação aos estudos e do compromisso com a ética profissional.
Seu conselho para outras mulheres que buscam seguir uma carreira na medicina veterinária é que “Nunca desista de seu sonho. Vale apena ser dedicada, estudiosa e se fazer respeitar como mulher e profissional, sempre com a consciência limpa. Vença sempre com seu trabalho e competência e nunca prejudicando um colega”.
Esta matéria faz parte da campanha “A força da mulher brasileira impulsionando o país, a Medicina Veterinária e a Zootecnia”.