A trajetória da médica-veterinária Eloisa Holanda (CRMV-RJ 12544) na Medicina Veterinária é marcada por resiliência, determinação e superação de desafios, enfrentando preconceitos velados e buscando sempre se capacitar para alcançar seus objetivos.
Graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também fez residência na área, e especialização em Cardiologia Veterinária, Eloisa conta que sua jornada pessoal e profissional como mulher na área da medicina veterinária no Brasil foi de muita resiliência e esforço, destacando que foi necessário o entendimento de que precisaria se dedicar muito mais do que um colega de profissão homem, se quisesse pelo menos se igualar a ele.
“O preconceito velado foi o maior desafio que eu enfrentei. Durante a jornada profissional, a mulher sempre será questionada quanto à sua competência e qualquer característica dessa mulher, será utilizada para questionar seu mérito, e comigo não foi diferente. Ninguém vai te falar que você talvez não tenha habilidade para ocupar determinado lugar por ser mulher, mas sim por ser jovem demais, velha demais, descuidada demais, vaidosa demais, grossa demais ou simpática demais. Para superar isso, me capacitei o máximo que pude”, contou a profissional, que é professora de pós-graduação e palestrante, atuante na área de cardiologia veterinária (inclusive responsável pelo setor de cardiologia de um hospital veterinário na Zona Norte do município do Rio de Janeiro), com experiência em clínica cardiológica, eletrocardiografia, ecocardiografia.
Entre suas realizações profissionais, a aprovação no concurso de residência da UFF foi um divisor de águas em sua carreira. Além disso, a profissional liderou um projeto de extensão durante a graduação, premiado em primeiro lugar, que impactou positivamente a comunidade ao abrir as portas da universidade para alunos de escolas públicas.
Diante de tantos desafios, para encontrar equilíbrio entre suas responsabilidades profissionais e pessoais, Eloisa descobriu sua segunda paixão no esporte, praticando canoagem na modalidade polinésia. Ela explica que essa paixão fora da Medicina Veterinária é fundamental para sua saúde mental e bem-estar.
Quanto às mudanças necessárias em termos de igualdade de gênero na pofissão, a médica-veterinária destaca a importância do respeito, igualdade de salários e oportunidades. Ela acredita no poder da união feminina para impulsionar o desenvolvimento e a inovação na área.
Seu conselho para outras mulheres que buscam seguir uma carreira na medicina veterinária é claro e direto: “Sejam resilientes e tenham paciência. Capacitem-se. Não permita que ninguém lhes falte com respeito. Apoie outras mulheres na mesma jornada.”
Esta matéria faz parte da campanha “A força da mulher brasileira impulsionando o país, a Medicina Veterinária e a Zootecnia”.