Fabiana Batalha Knackfuss (CRMV-RJ 906/Z) traz uma história marcante de dedicação e superação na zootecnia brasileira. Apesar de ser natural do Rio de Janeiro, sua jornada teve início durante viagens de família à Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, onde o contato com a agropecuária despertou sua paixão pela área. Formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a profissional mergulhou no campo do melhoramento genético, impulsionada por estágios em instituições como Embrapa e Instituto de Zootecnia de Sertãozinho-SP, além do mestrado e doutorado na área.
A zootecnista conta que, ao longo de sua carreira, enfrentou desafios, especialmente ao buscar espaço na pesquisa científica. Sua determinação em quebrar estigmas e provar o valor da zootecnia como área de pesquisa a levou a conquistar seu espaço, contribuindo de forma integrada em grupos de trabalho multidisciplinares.
“Desde os primeiros passos na universidade até o árduo caminho na pesquisa acadêmica, enfrentei desafios e estigmas, mas minha determinação em provar o valor da zootecnia como área de pesquisa sempre foi meu norte. Uma das minhas maiores realizações é o despertar do interesse pela pesquisa científica em meus alunos. Ao incentivar a publicação de artigos acadêmicos, vi meus alunos florescerem academicamente”, explicou.
Atualmente, além da docência, a profissional conta que desenvolve projetos na área de Biologia Molecular com marcadores moleculares para resistência a doenças e qualidade de carne na espécie suína e colaborando em parceria com equipes multidisciplinares em projetos envolvendo animais de produção e de biotérios.
No que diz respeito ao papel das mulheres na zootecnia brasileira, Fabiana destaca a capacidade única das mulheres de realizar diversas atividades com dedicação e resiliência. Sua visão é a de que as mulheres têm um papel fundamental na sociedade, trazendo empatia e firmeza para a profissão.
“Nós mulheres temos uma capacidade única de realizarmos diversas atividades ao mesmo tempo, com muita dedicação e resiliência, além que conseguirmos reunir grupos de trabalhos diversos, com empatia e firmeza, características essas tão fundamentais nas áreas de atuação do zootecnista na sociedade. Como líder em projetos acadêmicos, busco impulsionar o desenvolvimento e a inovação na área, visando uma zootecnia mais inclusiva e igualitária”, declarou.
Ela ainda explicou que apesar das mulheres terem ganhado espaço na zootecnia nos últimos anos, a profissão ainda é majoritariamente masculina e relacionada a força física. Ela destaca que é importante o aumento no número de vagas no mercado de trabalho para os zootecnistas nas diversas áreas de atuação e que, devido inúmeras zootecnistas extremamente capacitadas no país para assumir esses mercados, a inserção de mulheres nessa carreira certamente seria maximizada.
Para as mulheres que aspiram seguir uma carreira na zootecnia, Fabiana oferece um conselho claro: “Tenha convicção na profissão escolhida, persista nos estudos e mantenha sempre a ética e o respeito em todas as suas interações profissionais.”
Esta matéria destaca a trajetória de Fabiana como parte da campanha “A Força da mulher brasileira impulsionando o país, a Medicina Veterinária e a Zootecnia”.