Apesar de muito comum vermos anúncios de leigos realizando fluidoterapia endovenosa ou subcutânea em domicilio, esta é uma prática ilegal.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) informa que está monitorando os anúncios e já dispõe de uma lista com o nome dos contraventores exercendo ilegalmente a medicina veterinária. Posteriormente, esta autarquia encaminhará denúncia ao Ministério Público Federal.
A fluidoterapia veterinária vem sendo frequentemente utilizada para dar suporte a diversas enfermidades médicas, desde desidratação até insuficiência renal. O Conselho frisa que é essencial que esse procedimento seja realizado com supervisão profissional adequada para garantir a segurança e o bem-estar dos animais.
De forma autônoma, só o profissional médico-veterinário pode realizar este procedimento. Qualquer outro cidadão realizando fluidoterapia em animais sem a supervisão profissional, estará exercendo ilegalmente a medicina veterinária, sendo, portanto, um contraventor (conforme art. 47 do Decreto-Lei 3688/1941, Lei das Contravenções Penais).
Embora possa parecer uma solução conveniente para algumas pessoas, essa abordagem apresenta sérios riscos para a saúde dos animais e pode resultar em complicações graves. Uma overdosagem na fuidoterapia pode levar a desequilíbrios eletrolíticos, secreção nasal serosa, tremores, taquicardia, tosse, taquipneia, dispneia, estertores pulmonares, edema, ascite e poliúria.
Outra preocupação é a incapacidade de monitorar adequadamente a resposta do animal à fluidoterapia sem a supervisão de um profissional qualificado. Desta forma, os sinais de melhora ou piora do estado de saúde do animal podem passar despercebidos, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado de condições subjacentes.
O CRMV-RJ reforça que os médicos-veterinários desempenham um importante papel na avaliação, diagnóstico e tratamento de condições médicas em animais, garantindo que recebam os cuidados necessários para uma recuperação segura e eficaz.
A Medicina Veterinária exige respeito e não iremos compactuar com a banalização do ato médico. CRMV-RJ: Uma classe fortalecida, sociedade protegida.