Dentre os estados brasileiros produtores de queijo artesanal, Minas Gerais se destaca, em função de suas particularidades no processo de fabricação, das características do queijo, sua vinculação com o território e com a cultura passada de pai para filho a muitas gerações.
Em abril deste ano, uma Operação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e da Polícia Militar de Meio Ambiente apreendeu um estoque de 11 toneladas de queijo em condições inadequadas de higiene e armazenamento precário na zona rural de Riachinho, no Noroeste de Minas.
Segundo informações publicadas pelo portal G1, os produtos estavam em uma casa abandonada, acondicionados de forma não indicada para o consumo humano, “mergulhados em tambores e caixas d’água, em um local onde tinha salmora. Depois, o material era retirado, lavado e comercializado nos grandes centros. As peças que não poderiam ser comercializadas, eram trituradas e voltavam a produção”.
O caso, que não é isolado, reforça a necessidade de consumir produtos que possuam selo de inspeção do Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos municípios (SIM) ou Estados (SIE), que garantem que o alimento foi fiscalizado por um médico-veterinário; ou os selos de identificação Artesanal, que são certificados que asseguram que os produtos alimentícios de origem animal foram elaborados de forma artesanal, com receita e processo que apresentem características tradicionais, regionais, culturais, vinculação ou valorização territorial.
Por intermédio da certificação Artesanal, assegura-se que os produtos possuem propriedades organoléptica únicas, diferenciadas, sejam produzidos de maneira artesanal própria de determinada região, tradição ou cultura e que adotam procedimentos de Boa Práticas Agropecuárias e de Boas Práticas de Fabricação.
A campanha do CRMV-RJ “Alimento seguro, só com inspeção de médicos-veterinários” vem para alertar sobre os riscos de consumir alimentos sem a inspeção sanitária de médicos-veterinários e a importância desses profissionais na cadeia alimentar.